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20 de junho de 2011

Pressa? Só se for pra chegar junto!

Mônica S. Vallim
O progresso trouxe pressa ao homem urbano.

No corre-corre da cidade, muitas situações nos passam despercebidas. Mas se parássemos por alguns minutos e prestássemos atenção aos pequenos detalhes do dia-a-dia que, na pressa, escapam ao nosso olhar desatento, identificaríamos algumas situações onde acontecem a convivência e o aprendizagem entre as gerações.

Uma feijoada numa quadra de escola de samba, por exemplo. Além da magia dos temperos e a elaboração do tradicional cardápio repassados às novas gerações, traz os ritmos cadenciados das rodas de samba da velha guarda, que podem - podem sim - conviver em perfeita harmonia com os ritmos mais acelerados dos novos sambas-enredo, pagodes e algumas vezes até mesmo com o funk e sua batida eletrônica.
A evolução tecnológica trouxe também avanços na medicina e hoje é constatado um aumento da longevidade, mas além das pessoas viverem mais, querem melhor qualidade de vida. Por isso, as academias de ginástica e as aulas de dança de salão estão sempre lotadas. São espaços onde todos buscam a boa forma e saúde, tenha 18 ou 80 anos. E, havendo empatia, novos grupos sociais se formam, saem aos finais de semana para se divertir e dançar.
A internet certamente ainda é dominada pelos jovens, mas atualmente também pode ser considerada como um ambiente virtual de interação intergeracional, pois é utilizada por diferentes faixas etárias que se ajudam em muitos tutoriais. A cada geração, as mudanças são mais rápidas com relação às novas tecnologias.
Foi-se o tempo em que a maioria dos aposentados ficava de pijama na sala enquanto as avós faziam deliciosos quitutes, cuidavam da casa e se achavam incapazes de aprender algo diferente. Era como se eles tivessem vindo ao mundo apenas para trabalhar, servir à família, se aposentar, e esperar a “boa hora” chegar. Hoje algumas avós vivem de agenda cheia! Algumas ainda trabalham, outras voltaram a estudar, planejam férias, viagens de turismo, têm e-mail, Orkut, e Facebook. Estão conectadas na internet para melhor interagir com familiares e amigos. Curiosas e respeitosas em relação aos novos saberes, os mais também aprendem com os filhos e netos que, segundo eles, parecem até que já nasceram sabendo a mexer em controles remotos, microondas e celulares, mesmo ser ter lido um manual sequer. Nos novos tempos, onde as mudanças são cada vez mais rápidas, ainda há espaço para a interação saudável e necessária entre as gerações.
Fontes:

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