- Promover cidadania, justiça social, direitos (humanos, sociais, políticos, culturais etc.), pela liberdade, igualdade, democracia e a manifestação das diferenças culturais;
- Manifestar-se contra discriminações;
- Disseminar o exercício da cultura.
Metodologias
Na educação não-formal, as metodologias partem da cultura dos indivíduos e dos grupos. O método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; conteúdos emergem de temas gerados por necessidades, carências, desafios, obstáculos ou ações a serem realizadas; construídos no processo, conteúdos não são dados a priori.
Os caminhos metodológicos na educação não-formal:
- passam pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circunda as pessoas;
- penetram no campo do simbólico, das orientações e representações portadoras de sentido às ações humanas;
- supõem a existência da motivação dos participantes;
- não se subordinam a estruturas burocráticas;
- são dinâmicos;
- visam a formação integral dos indivíduos;
- possuem um fundo holístico.
Ambientes não formais veiculam mensagens, ‘falam’ ou ‘fazem chamamentos’ às pessoas e aos coletivos, e as motivam. As práticas nesses ambientes precisam ser desenvolvidas, codificadas, ainda que com alto grau de provisoriedade pois o dinamismo, a mudança, o movimento da realidade, segundo o desenrolar dos acontecimentos, são as marcas que singularizam a educação não-formal.
Agentes mediadores nesse processo são de imensa importância: educadores, assessores, facilitadores, monitores, apoios, são aqueles que marcam referenciais no ato de aprendizagem, carregam visões de mundo, projetos societários, ideologias, propostas, conhecimentos acumulados etc.. São eles também que se confrontam com outros participantes do processo educativo, estabelecem diálogos, parcerias, conflitos, ações solidárias etc.. Por meio deles, conhece-se o projeto socioeducativo do grupo, a visão de mundo que estão construindo, os valores defendidos e os rejeitados, o projeto político-cultural do grupo.
Diferenças da educação não-formal de outras propostas de educação social no século XX, dirigidas aos excluídos a fim de inseri-los no mercado de trabalho:
- voltada para o ser humano como um todo, cidadão do mundo, homens e mulheres;
- não substitui, nem compete com a educação formal;
- complementa-a com programações específicas, articulando escola e comunidade educativa no entorno;
- tem alguns objetivos próximos da educação formal (ex.: formação de um cidadão pleno), mas também desenvolve objetivos específicos, pela forma e espaços onde se desenvolvem suas práticas.
Textos consultados
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“Educação
não-formal” In: Educação não-formal e
cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São
Paulo: Cortez, 2001; “Educação não-formal,
participação da sociedade civil e estruturas colegiadas
nas escolas”. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-38,
jan./mar. 2006.
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