Cristina Muniz
Trago aqui um pequeno comentário sobre uma tocante visita ao Museu da Maré. Na ocasião, pude conferir a exposição temporária "Som da Maré".
O blog de autoria de Pedro Rebelo descreve o projeto na íntegra. Para visitá-lo, clique AQUI. |
Por um labirinto cenográfico, caminhamos ouvindo jovens moradores nos contarem a história deste lugar, hoje um complexo de favelas chamado Maré. Assim, o labirinto cria, no espaço, aquilo que, no tempo, é a lembrança.
Passeamos pelo incrível cenário, descortinamos o seu passado, ao mesmo tempo percebendo os signos premonitórios de um novo futuro.
Ver o trabalho dos guias locais é vislumbrar nas ruínas dessa história, como diria Walter Benjamin, outras leituras do que poderia ter sido e não foi. Para ele, a democracia requer memória histórica, aquela possível de ser revisitada e contestada. E foi isso que senti vendo ali aqueles jovens narrarem a história cultural de muita luta de sua comunidade.
Com sua exposição permanente “Os Tempos da Maré”, o Museu nos provoca uma experiência sensível e profunda. Doze tempos formam um grande calendário: Água, Migração, Casa, Trabalho, Feira, Festa, Fé, Cotidiano, Criança, Medo e Futuro.
Do TEMPO DE CRIANÇA, trago um fragmento que muito nos interessa para pensar a cultura urbana moderna que tira as crianças da rua, tida como lugar perigoso! Esta concepção presente em inúmeros projetos sociais da comunidade aparece assim problematizada no espaço das crianças:
Do TEMPO DE CRIANÇA, trago um fragmento que muito nos interessa para pensar a cultura urbana moderna que tira as crianças da rua, tida como lugar perigoso! Esta concepção presente em inúmeros projetos sociais da comunidade aparece assim problematizada no espaço das crianças:
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De muito fácil acesso, o Museu tem um site com todas as informações disponíveis para visitação e lindas imagens, inclusive uma exibição virtual de "Os 12 tempos da Maré". Dê um pulo lá. Basta clicar AQUI.
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