Ivana Teixeira da Silva
Aprendendo no Palácio do Catete, observa-se a edificação de seu
prédio (1858-1866) com arquitetura neoclássica. Em suas dependências funcionam
uma livraria e um cinema. Vale ressaltar um imenso e lindo jardim, palco de
inúmeros encontros e desencontros.
Foto do site oficial do Museu da Republica |
Foi erguido como residência da família do cafeicultor
luso-brasileiro Antonio Clementino Pinto (Barão de Nova Friburgo). Após sua
morte, seu filho o vendeu. Até que em 1897, no governo de Prudente de Moraes,
passa a ser oficiosamente a sede do Governo Federal, considerado assim palco de
diversas decisões políticas que marcaram nossa história.
O presidente Prudente de Morais, de 1894 a 1898, em retrato de Almeida Júnior |
O Museu relembra o suicídio de Getúlio Vargas. Foto do pijama e da arma usados por ele na ocasião. Foto de Rafael Andrade, no site da Folha de São Paulo. |
Aprendendo do Palácio do Catete, atenta-se para o chafariz, a
natureza, o riacho, a ponte, a gruta, o silêncio, o barulho dos animais, dentre
outros aspectos que compõem o jardim transmitindo sentimentos como paz,
esperança, história, alegria, saudades...
Clipes filmados pelo fotógrafo Paulo Resende em abril de 2009.
Neste jardim, ocorrem inúmeros eventos culturais,
folclóricos, palestras e exposições. Mas uma em específico marcou a vida da
minha família: “Insetos Gigantes”. Minha filha, Marcella, na época com nove
anos, ficou apaixonada pelo jardim e seus insetos. Desde então, hoje com
catorze anos, recorda com carinho deste lugar e sempre pede: “_Mãe, vamos
passear no jardim dos insetos?”
A exposição "Insetos na Cultura Brasileira", entre 15 de janeiro a 14 de março de 2010, no Jardim do Museu da República, foi montada com material da FioCruz. Veja o filme promocional, extraído do site Ciência Hoje.
Aprendendo o Palácio do Catete, vivencia-se um
lugar histórico, importantíssimo para o entendimento do passado, transformação
do presente e construção de um futuro melhor. Sobretudo este é um lugar que consegue
traçar um eixo entre o antigo e o novo. Eventos como a exposição mencionada possibilitam uma aproximação entre
o lugar e os cidadãos comuns, afetando-os com uma experiência de República não só baseada na contemplação da história
do país, mas pelo amplo usufruto dos espaços comuns.
Um dia, o lugar o Palácio do Catete foi a casa da família Pinto, depois
dos Moraes, dos Vargas ... e hoje é dos Teixeiras e de todos os cidadãos desta
cidade do Rio de Janeiro.