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11 de março de 2020

Kupa kawana


Kupa kawana
Tatiany Gomes

O céu está no chão
E esse chão é o mar
Chão que eu não posso pisar
As estrelas olhando para si mesmas sorriem, são narcisistas?
Não...
É só o espelho que é esse mar.
Nos dias nublados, quando o choro do céu toca as ondas do mar,
tudo se mistura.
Olhando o lago, o vai-e-vem das ondas,
a brisa do mar e o cheiro salgado...
"Olhando o lago" é o que significa o seu nome em Quechua.

Que um cego poderia enxergar.
Ao entardecer as aves pairam sobre as partes de terra desse mar,
em busca dos alimentos que as pessoas deixam por lá.
Sentada olhando pro mar, vejo sua beleza, sua força e sua revoltura.
Sentada se olhar para trás vejo prédios espelhados,
roubando o brilho do mar.


Kupa kawana



Considerações
A palavra "Copacabana" é de origem quechua, e significa “olhando o lago”. A palavra original é kupa kawana. A Virgem de Copacabana foi talhada por um índio chamado Tito Yupanqui, nos anos 1600. A imagem, chamada de Nossa Senhora Candelária, foi colocada na margem do lago Titicaca, onde permanece até os dias de hoje. O povo indígena da região começou a chamá-la de Nossa Sra. Copacabana, “aquela que olha o lago”. Quando uma réplica foi trazida para Rio no final do século 17, por um comerciante português, já chegou com o novo nome, batizando a Freguesia da praia do Forte, de freguesia de Copacabana. Hoje é uma praia e um bairro de Rio de Janeiro.

“Felizes são aqueles que não roubam nada, e atrás dos prédios, atrás das ruas, lá do alto"
Menção aos morros: Pavão Pavãozinho e Ladeira dos Tabajaras.
                                                                          
“Debret descreveu a parte terra e a parte de mar”
O primeiro plano, formado pelo prolongamento das montanhas que beiram a costa do Rio de Janeiro, permite verem-se as pequenas ilhas e bancos de areia que assinalam a sua proximidade. Vê-se no meio da areia a pequena igreja de Copacabana, isolada num pequeno platô: à direita um segundo plano formado por um grupo de montanhas entrando mar a dentro esconde a sinuosidade do banco de areia cuja extremidade aparece com a sua parte cultivada tão reputada pelos seus deliciosos abacaxis. Aí se forma a embocadura de um pequeno lago alimentado pelas águas do mar em maré alta.
— Jean Baptiste Debret - França – 1834

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