Marcio-André
A rua é uma escrita e como toda escrita tem sua sintaxe. Mas o que me faz pensar que a rua seja uma escrita? Para o Professor Emmanuel Carneiro Leão, a Viagem é a linguagem da paisagem; Uma paisagem é a linguagem das vias. Nesta perspectiva, a rua seria a linguagem das casas. Uma rua não é propriamente um lugar material. Não é, como lembra Boaventura, o avesso das casas, mas um espaço interstício que só existe em movimento. Uma rua só tem sentido como possibilidade de caminhada e possibilidade de um destino. Não há estrada que não leve a parte alguma — mesmo uma rua sem saída e sem prédios leva a algum lugar no qual muitos já precisaram ir.
Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI (CONFRARIA DOS VENTOS)
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Representações da imagem do centro de Porto Alegre
Um estudo sob a ótica de Kevin Lynch
Leonardo Fitz
No romance As cidades invisíveis, Italo Calvino faz uma análise social da urbanidade e do viver humano refletido nela – talvez nunca antes observado na literatura não-científica. Mas não é inteiramente correto afirmar que o livro relata apenas as cidades, ou a cultura de assentamentos humanos. Marco Pólo, viajante veneziano, descreve as fantásticas cidades do império mongol de Kublai Khan. Sua descrição, perspicaz e pessoal, nos ensina um pouco sobre como o homem vive, não propriamente na cidade, mas com os sentimentos mais arraigados da existência humana. Entre o sonho e a realidade, ambigüidades se replicam numa leitura concisa, que, de certo modo, caracteriza a cidade como um sólido e poderoso significado expressivo de edificação de uma sociedade e de sua cultura.
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Assim como Marco Pólo, todos que freqüentam uma cidade (e principalmente aqueles que constituem a própria cidade) fazem uma leitura visual da paisagem urbana. A cidade, nesse momento, basta ser entendida como uma construção no espaço que pode ser percebida no decorrer de longos períodos de tempo e onde cada cidadão possui pontos de associação com algumas [de suas] partes [...], através de seus sentidos, suas lembranças, seus sentimentos e impressões vividos diariamente num ambiente citadino.
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Assim como Marco Pólo, todos que freqüentam uma cidade (e principalmente aqueles que constituem a própria cidade) fazem uma leitura visual da paisagem urbana. A cidade, nesse momento, basta ser entendida como uma construção no espaço que pode ser percebida no decorrer de longos períodos de tempo e onde cada cidadão possui pontos de associação com algumas [de suas] partes [...], através de seus sentidos, suas lembranças, seus sentimentos e impressões vividos diariamente num ambiente citadino.
A cidade não é apenas o que existe fisicamente, mas tudo aquilo imaginado pelas pessoas.
Confira quatro diferentes leituras do centro de Porto Alegre.
Confira quatro diferentes leituras do centro de Porto Alegre.
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