Produzido no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ. Nosso e-mail: cidadeeducativa@googlegroups.com

15 de dezembro de 2011

Arte e cultura na Praça Varnhagen - Tijuca

Para ampliar, clique na imagem

O evento acontece neste domingo a partir das 16h e promete ser a ponte imediata entre o sujeito urbano e o mundo ao redor através da arte. Oficinas, performances, poesia, dança e música no espaço de uma praça no coração gastronômico da Tijuca.

Mais informações:

http://culturadigital.org.br/project/norte-comum/

http://oglobo.globo.com/zona-norte/domingo-dia-de-arte-cultura-na-praca-varnhagen-3446041

9 de dezembro de 2011

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro - breve nota sobre sua arquitetura

Giovana Straioto de Souza Keuper (bailarina clássica) e
Luciana de Barros Mendes (atriz e dançarina de sapateado)
Localizado na região da Cinelândia, na Praça Floriano, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro desperta interesse pela sua beleza arquitetônica e por ser um berço para a dança, a música e o teatro.

Vista frontal do Theatro Municipal da cidade do Rio de Janeiro, depois de sua obra de restauração, em comemoração ao seu centenário. Foto de Giovana Keuper, 2010

          Em 1904, o Rio de Janeiro era a capital federal e tinha como prefeito, Pereira Passos, cujo projeto de governo era a modernização da cidade, inspirado na reurbanização da cidade de Paris, na França. A construção do Theatro Municipal foi uma cópia reduzida da Ópera de Paris, projeto do arquiteto Francisco de Oliveira Passos. Segunda obra do chamado "triângulo da cultura", que compõe junto com a Escola (atual Museu) Nacional de Belas Artes (1908) e a Biblioteca Nacional (1910), foi inaugurado em 14 de julho de 1909, pelo presidente da Republica Nilo Peçanha, porém não há menção do primeiro espetáculo realizado no Theatro. Sabemos que o evento contou com a presença da musicista Chiquinha Gonzaga. O Theatro Municipal possui um papel social de grande relevância, contribuindo na formação cultural de cariocas, brasileiros e pessoas de diferentes nacionalidades. Apresenta uma variedade de espetáculos, nacionais e internacionais, proporcionando o acesso a todos com espetáculos a preços populares. 

Consulte:
WEID, E.V.D. “Bota Abaixo”. In Revista História Viva. Vol. IV, Rio de Janeiro, p.78 – 83 , fev . 2004.
O GLOBO. “O novo Theatro Municipal: o restauro e a modernização da maior casa de espetáculos do país.” Rio de Janeiro, 28 de maio de 2010.

8 de dezembro de 2011

Espaço das Artes Maria do Socorro Santos - Rocinha (Dica)

Mesas-redondas, Vídeoinstalação, Música ambiente, Roda de Poesia, Improvisação e Hip Hop

Integração das artes, aproximação usuários e criações artísticas
Exposição e venda do acervo
Homenagem à artista Maria do Socorro Santos e sua obra

Brinquedos populares - Pernambuco visita o Rio de Janeiro (Dica)

Bom para dar de presente de Natal. Bom para conhecer. Bom para brincar!
Sala do Artista Popular 
no Catete

O Ministério da Cultura, o IPHAN, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular e a Caixa Econômica Federal convidam para a inauguração da exposição na Sala do Artista Popular.

Venda e exposição de brinquedos populares
produzidos por mestres artesãos de Recife
e do município de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco.

Inauguração: dia 08 de dezembro de 2011 (quinta-feira)
às 17h, no CNFCP (Rua do Catete, 179, em frente ao metrô do Catete)
Visitação: 3a a 6a, das 11h às 18h
sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h
Só até dia 8 de janeiro de 2012

20 de novembro de 2011

Consciência Negra

Toda semana tem Roda de Samba da Pedra do Sal
Mais informações, clique aqui

Precisamos conhecer a Biblioteca Parque de Manguinhos

Inspirada nas bibliotecas-parque de Medelin e Bogotá, na Colômbia, a Biblioteca Parque de Manguinhos é um centro cultural com cerca de 2,3 mil m², contruído no antigo Depósito de Suprimento do Exército (1º DSUP), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, que conta com ludoteca, filmoteca, sala de leitura para portadores de deficiências visuais, acervo digital de música, cineteatro, cafeteria, acesso gratuito à Internet e uma sala denominada Meu Bairro, para que os usuários façam reuniões da comunidade.

- 40 computadores disponíveis
- 3 e-readers
- 5 TVs de LCD
- livros eletrônicos da Gato Sabido
- 3 milhões de música em arquivo digital (do Imusica)
- 1 mil filmes em dvd
- vasta coleção de quadrinhos
- 25 mil títulos
- 28 funcionários (moradores da região)
- um blog: clique AQUI para conhecer.

Intensa oferta de cursos, oficinas e atividades dedicadas às crianças e aos jovens.

15 de novembro de 2011

O Rio para quem (não) conhece

Herika Maria Alvarenga
Nossa, tive uma experiência muito engraçada! Fui passar as férias em São Geraldo do Baixio, em Minas Gerais e as pessoas queriam saber se realmente o Rio de Janeiro tinha tudo aquilo que aparece na televisão, principalmente nas novelas.

É muito estranho descrever onde você mora para uma pessoa que talvez nunca vá a esse local. Em qualquer canto que eu chegava, me perguntavam como era viver num lugar que tem praia, montanha, cachoeira… Não vou me lembrar direito de todas as perguntas pois já tem oito anos que estive lá, mas elas eram mais ou menos assim:
É verdade que a água da praia é salgada?
É verdade, só não me pergunta o porquê que eu não sei.
Você mora perto da praia?
Mais ou menos, depende de que praia eu queira ir, pois existem algumas que ficam a uma hora da minha casa e tem outras que ficam a três horas. Para quem mora na capital, fica mais perto. Para quem vive nos municípios vizinhos, é mais distante.
As mulheres usam aquelas roupas de verdade para ir à praia? Os biquinis não são muito pequenos?
Em geral, sim. Mas isso vai do costume e da pessoa.
A cachoeira é perto da praia?
Mais ou menos, as cachoeiras da Floresta da Tijuca ficam perto.
Esta floresta chamada Floresta da Tijuca, você conhece?
Conheço sim. Fica a uma hora da minha casa.
No Rio, não chove? É verdade que carioca não gosta de frio?
Claro que chove! E sim, carioca não gosta de frio.
Que tipo de música vocês escutam?
Rock, música sertaneja, pop, samba, pagode, vários tipos. Cada um gosta de um estilo diferente.
No carnaval é aquilo mesmo? Você já foi ver de perto?
Acho que o que passa na televisão é igual ao que acontece mas não posso dizer pois nunca vi de perto. Bem, eu já passei por algumas escolas...
E o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, você já foi?
Não, ainda não tive oportunidade, mas um dia vou.

Pois é, isso de contar para as pessoas como é a cidade onde você mora pode soar estranho. Mas o mais estranho é que voltei para o Rio de Janeiro com a impressão de quem precisava conhecer melhor o lugar onde vivo era eu!

Copacabana, um lugar que não gosto

Herika Maria Alvarenga
          Desde criança, acho Copacabana um local estranho. As ruas são cheias de gentes que parecem se sentir superiores a tudo e a todos, andando como se as ruas fosse uma continuidade dos seus apartamentos. Apartamentos tão velhos como a minha avó, e olha que ela já morreu. As pessoas passam por cima, empurram e o pior não pedem licença e nem desculpa. Tem um pessoal lá muito mal educado. Até parece que não enxergam as crianças na rua pedindo qualquer coisa, a quantidade de gente pedindo esmolas e, à noite, as prostitutas (não tenho nada contra, cada um ganha a vida como pode, sei que essa profissão não é fácil).  E tem outras coisas que os moradores de Copacabana sabem que tem porém são capazes de dizer que é assim mesmo, que faz parte do contexto. Muitas vezes, eles culpam outros bairros: “ah, essas pessoas que saem das suas casas para sujar Copacabana!”. Engraçado, você passeia no Arpoador, Leblon, Ipanema, São Conrado, e não tem esse amontoado de gente.
          Fico a pensar porque esses moradores são assim. Muitas das vezes, eles nem têm um padrão financeiro “adequado” para Copacabana, entretanto se acham os donos do mundo, os donos da praia cantada em prosa e verso como Princesinha do Mar. Aliás, procurei e não achei quem deu este título: João de Barro (Carlos Alberto Ferreira Braga - Braguinha) e Alberto Ribeiro? Quem cantou pela primeira vez foi o  Dick Farney, no ano de 1947? Tambem pesquisei e encontrei a praia Rainha do Mar. Fica no Rio Grande do Sul. Aliás, muito linda. Os moradores de Copacabana iam morrer de inveja.
*** 
Tenho para mim que no Rio as ruas são faculdades;
os botequins, universidade.
João Antonio
          Morando defronte à praça Serzedelo Correia, no bairro de Copacabana, João Antônio (1937-1996) foi observador privilegiado do cotidiano carioca e da expressão de seus moradores. O rápido processo de transformações da cidade nos anos 1970 é flagrado no conto-reportagem Ô, Copacabana (capa ao lado).
          Em seu livro Guardador, de 1992, no conto com o mesmo título, o bairro faz pano-de-fundo para descrever o cotidiano do personagem. Eis um trecho:
***
Guardador
João Antônio
          ... Dizia-se. Miséria pouca é bobagem.
          A praça aninhava um miserê feio, ruim de se ver. A praça em Copacabana tinha de um tudo. De igreja à viração rampeira de mulheres desbocadas, de ponto de jogo de bicho a parque infantil nas tardes e nas manhãs.
          Pivetes de bermudas imundas, peitos nus, se arrumavam nos bancos encangalhados e ficavam magros, descalços, ameaçadores. Dormiam ali mesmo, à noite, encolhidos como bichos, enquanto ratos enormes corriam ariscos ou faziam paradinhas inesperadas perscrutando os canteiros. Passeavam cachorros de apartamento e seus donos solitários e, à tarde, velhos aposentados se reuniam e tomavam a fresca, limpinhos e direitos. Também candinhas faladeiras, pegajosas e de olhar mau, vestidas fora de moda, figuras de pardieiro descidas à rua para a fuxicaria, de uma gordura precoce e desonesta, que as fazia parecer sempre sujas e mais velhas do que eram, tão mulheres mal amadas e expostas ao contraste cruel do número imenso das garotinhas bonitas no olhar, na ginga, nos meneios, passando para a praia, bem dormidas e em tanga, corpos formosos, enxutos, admiráveis no todo... também comadres faladeiras, faziam rodinhas do ti-ti-ti, do pó-pó-pó, do diz-que-diz-que novidadeiro e da fofocalha no mexericar, à boca pequena, chafurdando como porcas gordas naquilo que entendiam e mal como vida alheia, falsamente boêmia ou colorida pelo sol e pela praia, tão aparentemente livre mas provisória, precária, assustada, naqueles enfiados de Copacabana. Rodas de jogadores de cavalos nas corridas noturnas se misturavam a religiosos e a cantarias do Nordeste. Muito namoro e atracações de babás e empregadinhas com peões das construtoras. Batia o tambor e se abria a sanfona nas noites de sábado e domingo. Ou o couro do surdo cantava solene na batucada, havia tamborim, algum ganzá e a ginga das vozes mulatas comiam o ar. ...
***
O que a Copacabana de João Antonio tem a ver com a de Dick Farney? 
 Ouça Sábado em Copacabana (Dorival Caymmi e Carlos Guinle) e tente responder.

12 de novembro de 2011

Carta da Velha Mansão do Alto da Boa Vista

Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2011
          Cara Senhora Cachoeira da Cascatinha,
          Com certeza a senhora não me conhece, então apresentar-me-ei: sou a Velha Mansão construída no século XIX, sua vizinha. Localizo-me à rua Boa Vista, nº 85, e ocupo uma área construída em 1200m². Contudo, a área pertencente a minha propriedade é de 30.000m².
          Já fui uma nobre residência nos áureos tempos do café, porém hoje estou em péssimo estado. Diria mesmo que de total abandono.
          Dizem os senhores especuladores imobiliários de plantão, que o meu valor está em torno de 30.000 milhões de euros. Veja só que incoerência! Tenho a aparência de uma necessitada que vive passando contínuas privações.
          Bem, em verdade, escrevo-lhe para fazê-la saber da grande admiração que tenho pela senhora. Além disso, queria dizer o quanto me emociona a alegria que durante muitos anos o senhor Visconde de Taunay desfrutou de sua fascinante e bela companhia.
          Eu não a conheço pessoalmente, mas através de pinturas, gravuras e fotos que os meus antigos proprietários e visitantes traziam, inclusive as do senhor Rugendas, tive o prazer de contemplá-la e até mesmo compreender os comentários a respeito da beleza de suas quedas d’água.
          No silêncio da noite, ouço a correria de suas águas passarem num córrego próximo, e por elas gostaria de mandar-lhe lembranças, mas elas não retornaram mais...
          Assim, sem saber da sorte que no futuro espera-me, parabenizo-me por estar vivendo esses longos séculos, próximo de uma senhora tão nobre e bela, e saúdo-lhe pela graça e pelo poder de contínua renovação da vida que lhe foi outorgado pela Mãe Natureza.
                                                                  Minhas sinceras congratulações,
                                                                                                         Velha Mansão
P.S. - Envio-lhe duas fotos minhas e uma imagem sua que guardo em minha memória.
Cascatinha, por Johann Moritz Rugendas (1822)
 Texto escrito por Maria Cristina Cezar Machado

23 de setembro de 2011

EducaMuseu: museu virtual de ações educativas

Acesso a uma infinidade de museus, todos os dias por todos os cantos do mundo
com seus programas, projetos e atividades educativas.

EducaMuseu é uma rede virtual que já ultrapassou 25 mil acessos,
com mais de 400 seguidores. 

 É uma ferramenta que viabiliza a troca efetiva entre os educadores através da divulgação de oportunidades e de interesses geradores de parcerias.

O EducaMuseu é uma ajuda fundamental para os educadores
que pretendem desenvolver a aprendizagem na cidade.

16 de setembro de 2011

Cartografias Insurgentes (Laboratório)


O convite em vídeo por ser acessado AQUI.

O Laboratório de Cartografias Insurgentes é um encontro para a produção de mapas políticos que reunirá movimentos contra as remoções e despejos que vêm acontecendo na cidade do Rio de Janeiro. Tais remoções e despejos têm ocorrido na esteira da “reorganização” da cidade visando os mega-eventos que acontecem nos próximos anos (e os que já ocorreram) e a emergência de uma nova forma de governança global das cidades.

No Laboratório de Cartografias Insurgentes militantes, pesquisadores, ativistas, comunicadores artistas e movimentos sociais se reunirão para imaginar e produzir mapas críticos e afetivos ligados às práticas produtivas e à ocupação do espaço metropolitano.
 
O encontro funciona como espaço de experimentações e debates que tratam das reconfigurações da cidade e das dinâmicas de resistência que lhe são correlatos, articulando-se como um laboratório em rede (Rio de Janeiro – Amazônia – América Latina) sobre política, estética e cultura.

Entendida como uma tática criativa de formações do desejo no campo social, a prática cartográfica nos remete a novos territórios, teorias e práticas. A potência do espetáculo atual que governa o mundo e os sonhos criados para escapar de seu reinado, pode ser anulado se usamos um método que consista em tomar as coisas dos inimigos para montar uma outra coisa, que ajude a combatê-lo. A organização de um novo significado que confira um sentido vivo a cada elemento faz parte da prática artística que ao utilizar diferentes mídias transforma o próprio desejo humano.

Mulheres, museus e memória no Museu da Maré (visitas mediadas)

Pesquisa de turismo no Morro da Conceição

          O projeto
          Para ampliar a visitação turística ao Palácio da Conceição, um projeto apoiado pelo edital Prioridade Rio 2010, da FAPERJ, está sendo desenvolvido pelo Labo­ratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social do Programa de Engenharia de Produção, da Coppe/UFRJ, em parceria com o Exército (Diretoria de Patri­mônio Histórico e Cultural e 5ª Divisão de Levanta­mento), visando beneficiar guias recém-formados pelo curso de Turismo do Colégio Estadual Antônio Prado Júnior.
           "A equipe envolvida no projeto fez, primeiro, um diagnóstico do potencial turístico do Palácio da Conceição, por meio de inventário patrimonial, histórico e cultu­ral. Depois, organizou um planejamento para a visitação turística do local, dentro dos conceitos mais recentes de sustentabilidade e inovação", resume o coordenador da iniciativa, Roberto Bartholo.

           Marisa Egrejas, coordenadora do projeto, destaca que a ideia é aproveitar o turismo cultural ao morro e ao Palácio da Conceição como uma oportunidade para o desenvolvimento socioeconômico, pela formação profissional dos guias e pelos reflexos positivos que as visitas trarão à comunidade local.
           “Acima de tudo, temos a meta de utilizar o turismo como uma ferramenta para o desenvolvimento social”, ressalta Marisa Egrejas. “O projeto vai além de organizar visitas turísticas guiadas. Houve todo um trabalho prévio de pesquisa acadêmica sobre a memória do prédio e do morro da Conceição, que incluiu a produção de entrevistas com moradores da comunidade sobre os impactos da visitação no local, para então se chegar ao planejamento turístico”, completa.
           Para realizar o levantamento histórico do morro e do Palácio da Conceição, tanto bibliográfico como de história oral, foi necessário um trabalho de campo. A equipe de pesquisadores do Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social (LTDS) da Coppe/UFRJ contou com a colaboração voluntária de guias que, durante alguns dias, circularam pelo morro entrevistando os moradores. Este trabalho foi coordenado pela historiadora Lucia Miranda Boaventura, professora do curso de Turismo do Colégio Estadual Antônio Prado Júnior.
          Para o coronel José Cláudio dos Santos Jr., da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército: “O Exército tem uma série de edificações, fortalezas e museus históricos que pertencem ao patrimônio cultural brasileiro. O Palácio da Conceição é um desses locais que ajudam a contar a história do País.”
Equipe
Coordenador geral: Roberto Bartholo
Coordenadora executiva: Marisa Egrejas
Pesquisadores em Turismo: Ana Elizabeth Queiroz, Edilaine Moraes, Fernanda Barcelos e Luiz Eduardo Baptista
Guias voluntárias: Danúbia Faria, Elizabeth Guichard, Heloísa Santos, Márcia Maciel, Maria Amélia Vieira, Vitória Mazei e Viviane Paiva

Fase de levantamento do inventário: Ana Elizabeth Queiroz (coord.)
Fase de levantamento da história oral: Lucia Miranda Boaventura (coord.)

Treinamento dos guias: Ana Elizabeth Queiroz, Maria Martha Maciel Alencastro de Souza e Marisa Egrejas (docentes do curso de Turismo);  Lucia Miranda Boaventura (professora de história). 
***
Agendamento de visitas
O projeto vai oferecer, de 3 de outubro a 8 de dezembro de 2011, visitas guiadas gratuitas ao Palácio e à Fortaleza da Conceição. Nesse período, 64 visitas serão realizadas, de segunda a quinta-feira, nos turnos da manhã e da tarde.

Agendamento para grupos de, no máximo, 25 pessoas, pelo email:
palaciosdorio@gmail.com
Divulgação / Marisa Egrejas
          Sobre o Palácio da Conceição 
          O morro da Conceição possui estreita ligação com o desenvolvimento do Rio de Janeiro desde os primórdios da colonização.
          Inicialmente, foi frequentado pela Igreja, com a construção de uma pequena capela em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, em 1634, que se tornou Convento dos Capuchinhos. No século XVIII, a construção passou a abrigar a residência do primeiro bispo do Brasil, Frei Francisco de São Jerônimo, tornando-se conhecida à época como Palácio Episcopal do Rio de Janeiro.
          Depois das invasões francesas na antiga capital da Colônia, nos primeiros anos do século XVIII, uma fortaleza foi construída no morro da Conceição, reconhecido como ponto estratégico por vis­lumbrar parte da cidade e da Baía que lhe dava acesso. A fortaleza foi construída na vizinhança do Palácio Episcopal.
          No início do século XX, o arcebispo mudou-se para o Palacete da Glória e o antigo Palácio foi comprado pelo Exército para instalar a Missão Austríaca responsável pela modernização da cartografia naquela época.
          Hoje, este complexo patrimônio histórico nacional – Palácio e Fortaleza da Conceição – pertence ao Exército e abriga a 5ª Divisão de Levantamento, dedicada à produção e venda de cartas topográficas. O prédio fica no morro da Conceição, nas imediações da Praça Mauá, Zona Portuária da cidade. 
Dados colhidos no site da FAPERJ

5 de setembro de 2011

"De repente na praça" (oficinas)

Oficina de cordel com Mestre Azulão na Feira de São Cristóvão (RJ)

A Feira de São Cristóvão, patrimônio cultural do nordeste no Rio de Janeiro, está oferecendo oficinas gratuitas através do Ponto de Cultura De Repente na Praça.

As oficinas são:
Violão com Vicente Telles
Cerâmica com Etemilton 
Xilogravura com Erivaldo
Literatura de Cordel com Mestre Azulão

Apesar de imperdíveis, as oficinas estão muito vazias,
o que é uma pena devido à qualidade dos oficineiros.
Quem se interessar deve entrar em contato com Marcela (21) 7577-7211 ou pelo email derepentenapraca@hotmail.com

3 de setembro de 2011

Canção do Extermínio

Mônica S. Vallim
Minha terra tem edifícios cinzas
Carros, motos e ônibus a buzinar.
As aves aqui não mais gorjeiam
Elas não têm onde se aninhar.

Nosso céu tem mais fuligem.
Nossas várzeas, mais detrito.
Nossas florestas, nada virgens.
Nossas praias poluídas, que mito!

Sabe-se lá onde canta o sabiá?
Afinal, como é mesmo um sabiá?
Aqui não há canto algum de natureza tão intensa.
Mas no GOOGLE tudo, num segundo, vira crença.

O menino nunca viu uma ave livre na vida.
No almoço ou jantar, ela já vem embutida.
O que dirá então de ouvir gorjeios por cá?
Ai que dó dos meninos! Ai que dó dos sabiás!
***

28 de agosto de 2011

Carta das cidades educadoras (final do preâmbulo)

          Vivemos num mundo de incerteza que privilegia a procura da segurança, que se exprime muitas vezes como a negação e uma desconfiança mútua. A cidade educadora, consciente deste fato, não procura soluções unilaterais simples, aceita a contradição e propõe processos de conhecimento, diálogo e participação como o caminho adequado à coexistência na e com a incerteza. 
          Confirma-se o direito a uma cidade educadora, que deve ser considerado como uma extensão efetiva do direito fundamental à educação. Deve produzir-se, então uma verdadeira fusão da etapa educativa formal com a vida adulta, dos recursos e do potencial formativo da cidade com o normal desenvolvimento do sistema educativo, laboral e social.
          O direito a uma cidade educadora deve ser uma garantia relevante dos princípios de igualdade entre todas as pessoas, de justiça social e de equilíbrio territorial.
          Esta acentua a responsabilidade dos governos locais no sentido do desenvolvimento de todas as potencialidades educativas que a cidade contém, incorporando no seu projeto político os princípios da cidade educadora.
***
          Conversando, através da troca de emails, com um amigo filósofo sobre o  emaranhado que mistura a cidade (polis) e o ser do homem, ele observou que o indivíduo e a comunidade (polis) se entrelaçam, num sentido extraordinário, e indicou a leitura de Heidegger para a fim de se buscar as possibilidades "do homem ser o vivo da polis e a polis ser o núcleo da vida do homem". Mas como? Pergunta ele: "qual a via de acesso? Por onde seguir? Como entrar na cidade e ser da cidade a cidade, e não apenas representar a cidade em seus simulacros, armadilhas e seduções que desviam e impedem o olhar? Parece mesmo haver uma constante imposição de descaminhos."
          Jaume Trilla Bernet, numa perspectiva mais pedagógica e com o linguajar didático que essa perspectiva obriga, faz uma distinção entre as escolas-cidade, as cidades-escola e as cidades educativas. As primeiras (escolas-cidade) remetem a uma experiência opressora, do vigiar-e-punir, e à noção de instituição total descrita por Foucault mas também por Althusser. Porém, remete também à  idéia da república-escolar, à experiência da escola nova, principalmente nas vertentes pedagógicas de Makarenko ou de A.S.Neill, com Summerhill que, propuseram uma revisão das escolas-cidade, implantando comunidades educativas totais. Subjacente a essas experiências imperam o desejo de autogoverno, a vocação de isolamento, revisitados pelas comunidades hippies e recentemente pelas ecovilas. 
A pedagogia de Makarenko (1888-1939) é analisada em "O Nascimento da Pedagogia Socialista", de R. Caprile
A.S. Neill em Summerhill, comunidade-escola fundada em 1921
          Já nas cidades-escola, a escola configura uma cidade pré-existente como se verifica nas cidades universitárias, impingindo-lhe ritmos, horários e calendários. Ainda que perceptível em cidades como Ouro Preto, não fosse ela também dominada pelo turismo, o fenômeno se faz sentir em qualquer outra cidade e repercute, por exemplo, na escolarização dos museus e na implantação de um regime de atividades extraescolares que sobreescolarizam as crianças, mas também na atmosfera da cidade, em seu trânsito e no perfil da lojas que atendem as demandas escolares.
Em Cambridge, cidade universitária, a bicicleta é o meio de transporte favorito.
          Na cidade educativa, contudo, a cidade é por si-só um meio educativo, no qual a escola é apenas um dos elementos disponíveis. A discussão trazida por esse conceito configura-se como um reforço ou um restabelecimento da relação íntima entre paidéia e polis, e como evolução do pensamento pedagógico em relação à importância educativa do espaço não formal. Uma importante referência é o  informe de Edgar Faure da UNESCO: “Aprender a ser” (1973), pelo qual é possível dar continuidade ao debate sobre a desescolarização da sociedade proposto por  Ivan Illich e sobre a escola sem muros.
Segundo Rosiska Darcy, Ivan Illich denuncia a transformação da educação em um bem de consumo vendido pela instituição-escola, embora seja fora dos seus muros que aprendemos a maior parte do que sabemos. (Para ler o texto na íntegra, clique AQUI.)

24 de agosto de 2011

Leitura da cidade - dois textos

A SINTAXE DAS RUAS
Fernando Stickel
Marcio-André
A rua é uma escrita e como toda escrita tem sua sintaxe. Mas o que me faz pensar que a rua seja uma escrita? Para o Professor Emmanuel Carneiro Leão, a Viagem é a linguagem da paisagem; Uma paisagem é a linguagem das vias. Nesta perspectiva, a rua seria a linguagem das casas. Uma rua não é propriamente um lugar material. Não é, como lembra Boaventura, o avesso das casas, mas um espaço interstício que só existe em movimento. Uma rua só tem sentido como possibilidade de caminhada e possibilidade de um destino. Não há estrada que não leve a parte alguma — mesmo uma rua sem saída e sem prédios leva a algum lugar no qual muitos já precisaram ir. 
Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI (CONFRARIA DOS VENTOS)

***
Representações da imagem do centro de Porto Alegre
Um estudo sob a ótica de Kevin Lynch 
Leonardo Fitz

          No romance As cidades invisíveis, Italo Calvino faz uma análise social da urbanidade e do viver humano refletido nela – talvez nunca antes observado na literatura não-científica. Mas não é inteiramente correto afirmar que o livro relata apenas as cidades, ou a cultura de assentamentos humanos. Marco Pólo, viajante veneziano, descreve as fantásticas cidades do império mongol de Kublai Khan. Sua descrição, perspicaz e pessoal, nos ensina um pouco sobre como o homem vive, não propriamente na cidade, mas com os sentimentos mais arraigados da existência humana. Entre o sonho e a realidade, ambigüidades se replicam numa leitura concisa, que, de certo modo, caracteriza a cidade como um sólido e poderoso significado expressivo de edificação de uma sociedade e de sua cultura.
        [...]
         Assim como Marco Pólo, todos que freqüentam uma cidade (e principalmente aqueles que constituem a própria cidade) fazem uma leitura visual da paisagem urbana. A cidade, nesse momento, basta ser entendida como uma construção no espaço que pode ser percebida no decorrer de longos períodos de tempo e onde cada cidadão possui pontos de associação com algumas [de suas] partes [...], através de seus sentidos, suas lembranças, seus sentimentos e impressões vividos diariamente num ambiente citadino. 

A cidade não é apenas o que existe fisicamente, mas tudo aquilo imaginado pelas pessoas.
Confira quatro diferentes leituras do centro de Porto Alegre.
Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI (VITRIVIUS)

19 de agosto de 2011

Concurso de Contos para Idosos - Prêmio Rubem Fonseca

Para moradores do município do Rio com mais de 60 anos
Tema: “Meu Rio de Janeiro”
Tamanho máximo: 100 linhas
Prazo final: 30 de agosto
Resultado: 30 de setembro de 2011 (com premiação no final do mês de novembro)
Premiação
1º lugar: R$ 2.000
2º lugar: R$ 1.500
3º lugar: R$ 900
4º lugar: R$ 600

Iniciativa: Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV)
Rua Afonso Cavalcanti, 455, 5º andar, sala 571, Cidade Nova
IMPORTANTE
Só será permitida a inscrição de um conto por participante.
O texto tem de ser inédito.
Não pode ter sido divulgado ou publicado, nem mesmo pela internet, mesmo que em parte.

Para acessar o Regulamento completo do Concurso clique AQUI.

9 de agosto de 2011

Vila Isabel, Tijuca e Alto da Boa Vista - impressões


  
PROTEÇÕES
***
GERAÇÕES
*** 
DIVERSÕES


EXCURSÕES
....
CASARÕES


FOTOS:MBGLA
 ...............
Feitiço da Vila
Noel Rosa e Vadico
Quem nasce lá na Vila

Nem sequer vacila

Ao abraçar o samba

Que faz dançar os galhos,

Do arvoredo e faz a lua,

Nascer mais cedo.

Lá, em Vila Isabel,

Quem é bacharel

Não tem medo de bamba.

São Paulo dá café,

Minas dá leite,

E a Vila Isabel dá samba.

A Vila tem um feitiço sem farofa

Sem vela e sem vintém

Que nos faz bem

Tendo nome de princesa

Transformou o samba
Num feitiço decente
Que prende a gente

O sol da Vila é triste

Samba não assiste

Porque a gente implora:

"Sol, pelo amor de Deus,

não vem agora

que as morenas

vão logo embora

Eu sei tudo o que faço

sei por onde passo
paixão não me aniquila
Mas, tenho que dizer,

modéstia à parte,

meus senhores,

Eu sou da Vila!