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16 de dezembro de 2012

Livro didático, história do estado do Rio e desperdício

Título: História do Estado do Rio de Janeiro, 5º ano
Autor: Renata Siebert
Referência Bibliográfica: SIEBERT, Renata. História do Estado do Rio de Janeiro, 5º ano. São Paulo: FTD, 2008.
            Renata Siebert é formada em Psicologia pela Universidade Paulista (Unip) com bacharelado e licenciatura, e pós-graduação em Psicopedagogia pelo Centro Universitário Dr. Edmundo Ulsin, em São Paulo. Autora de  livros didáticos, principalmente voltados para as disciplinas História e Geografia, escreveu Brasil em Mapas, Maranhão – História e Geografia, História de Pernambuco e Geografia de Pernambuco.
            A autora foi muito feliz na escolha dos textos e das imagens na publicação da História do Estado do Rio de Janeiro. Alunos do 5º ano adquirem uma melhor noção através das imagens, dos conhecimentos abordados. O texto é gostoso de ler, e é facilmente entendido por todos.
            O livro dedica-se à história do Rio de Janeiro, desde sua formação até os dias atuais. Há detalhes e curiosidades bem explorados e as propostas de exercícios são bem elaboradas, fazendo o aluno pensar. A bibliografia é ampla e contribui para pesquisas posteriores tanto dos alunos quanto dos professores.
Na busca de uma imagem ilustrativa da capa do livro na internet, encontramos somente esta. O curioso é que a autora, neste caso, tem o nome de Célia Siebert. Como a edição que consultamos leva o nome de Renata Siebert (infelizmente não tivemos como escanea-la), fica o mistério. Serão irmãs?
             O livro dirige-se ao ensino fundamental, mas qualquer estudante ou interessado na História do Estado do Rio de Janeiro pode usufruir desta leitura. Um excelente material didático.
Resenha realizada por Isabela Beniste, Roberta Pacheco e Mayra Martins
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Livro didático: seu nome é desperdício
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), inaugurado em 1985, iniciou-se, com outra denominação, em 1929, pois, de acordo com Guilherme Henrique Pimentel e Denise Vilela, da Universidade Federal de São Carlos (para visualisar a pesquisa na íntegra, clique aqui), "desde o período imperial já existiam instrumentos do governo para avaliação de obras didáticas".

Segundo esses pesquisadores, no exercício financeiro de 2010, os gastos com livros didáticos e obras complementares,  somaram mais de R$ 827 milhões com as obras do Ensino Fundamental e aproximados R$ 196 milhões com as obras do Ensino Médio totalizando R$ 1.022.564.752,98 (os dados estão no portal do Ministério da Educação e Cultura, Coordenação-Geral dos Programas do Livro do PNLD 2011).

"No que se refere à distribuição dos livros didáticos, apesar dos dados oficiais apontarem para o atendimento quase universal das escolas e alunos, os relatos dos gestores ainda indicam os problemas em relação à quantidade de livros que chega à escola e à correspondência entre o livro pedido e o efetivamente recebido." (Para mais detalhes, ver AVALIAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO POR GESTORES DE ESCOLAS DO RECIFE, por Patrícia Maria Uchoa Simões)

Hoje, o programa atende todos os 35 milhões de estudantes de escolas públicas, do 1o ano do ensino fundamental ao último do nível médio. Todos os estados são atendidos, com exceção de São Paulo, que executa seu programa de forma autônoma. Em 2009 o programa entregou – através dos Correios – 103 milhões de livros a 140.000 escolas em todo o Brasil.(cf. Wikipedia)

"O processo de avaliação começa com a inscrição das obras pelos editores e passa por uma seleção técnica a fim de verificar as condições físicas do livro. O material aprovado nessa etapa é encaminhado para a avaliação pedagógica, feita por instituições de ensino superior contratadas pelo MEC. Entre os critérios determinantes na escolha estão: respeito à legislação, ética, coerência e adequação da abordagem aos objetivos visados, correção e atualização de conceitos, observância do manual do professor, entre outros. Para cada obra aprovada, é produzida uma resenha na qual se indicam as qualidades e potenciais de uso em sala de aula. Essas resenhas compõem o Guia de Livros Didáticos que é encaminhado às escolas para subsidiar a escolha dos professores." (Portal da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro)
 

Os livros didáticos são escolhidos pelos professores das escolas públicas. O FNDE adquire, no ano anterior, todos os livros que serão utilizados pelas escolas, no ano letivo seguinte. Essa aquisição é feita com base na projeção de matrícula realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), a partir da prévia do Censo Escolar. [...] Estudos revelaram que o controle de estoque da reserva técnica e o remanejamento do excedente de livros entre escolas num mesmo Estado, raramente são feitos pelas equipes das Secretarias de Educação. (cf. SISTEMA DE CONTROLE DE REMANEJAMENTO E RESERVA TÉCNICA – SISCORT
Pilhas e mais pilhas de livros didáticos são jogadas fora a cada ano. É só dar uma busca pela internet.
 

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